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As mulheres e o Nazismo -Campo de concentração feminino de Ravensbrück

  • apogeuvestibulares
  • 31 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

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Ravensbrück- Campo no leste da Alemanha reuniu mulheres judias, ciganas, prostitutas e ativistas europeias.


Embora tenha sido um dos primeiros a serem abertos – em 1939, pouco antes do início da guerra, a 80 km de Berlim, em um cenário idílico na costa báltica – e um dos últimos a serem liberados – em 1945 –, este campo de trabalho e, no final, de extermínio, permaneceu às margens da história.


No fim da Segunda Guerra Mundial, cerca de 130 mil haviam passado por suas portas.

Entre 30 mil e 50 mil morreram de fome, de exaustão, de frio ou pelos tiros e pelo gás administrados pelos guardas nazistas, além das que morreram em experimentos científicos ou por outras razões associadas aos tratamentos no campo de Ravensbrück.

Várias internas eram judias, mas elas não eram maioria. Havia prisioneiras políticas, ciganas, doentes mentais ou as chamadas "associais" – prostitutas ou quaisquer mulheres consideradas "inúteis" pela doutrina nazista.


Testemunhos afirmam que algumas mulheres eram "deixadas quase nuas na neve até morrerem" e outras tinham "germes de sífilis injetados na medula espinhal". Em 1942, as prisioneiras passaram as ser usadas como cobaias em experimentos científicos. Em "operações especiais", elas tinham os músculos da pele cortados e eram inseridos vidro, madeira ou terra nos ferimentos. Algumas não recebiam tratamento e outras sim, com tipos de drogas diferentes.

Os experimentos se repetiram algumas vezes, mas quando chegou o momento de esconder as provas e matar as cobaias, todo o campo conspirou para escondê-las.


Mas por que se sabe tão pouco sobre esse campo de mulheres?


"Uma das razões principais é que, depois dos julgamentos pelos crimes de guerra, que ocorreram imediatamente depois do fim da Segunda Guerra Mundial, começou a Guerra Fria, veio a cortina de ferro e Ravensbrück ficou do lado oriental – de modo que permaneceu, em grande medida, inacessível ao Ocidente", afirma a escritora.


Ravensbrück foi libertado em 30 de Abril pelo exército soviético. Com a divisão da Alemanha ao final da guerra, a região onde se localizava o campo de concentração, norte da Alemanha, perto Furstenberg, acabou caindo no lado de influência comunista. Segundo muitos historiadores, os soviéticos não revelaram ao mundo a existência do campo, tal como acontecera com outros campos de concentração, pois eles acabaram usando as instalações para o seu esquema de repressão.


"Estamos falando de crimes específicos de gênero, como abortos forçados, esterilização, prostituição forçada. É uma parte crucial da história das atrocidades nazistas." (Sarah Helm)

 
 
 

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